quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
CRÔNICA DA BOLA IV
A MAIOR CRÔNICA DE TODOS OS TEMPOS
Que esse pobre cronista que vos fala escreve um pouquinho, todo mundo sabe. Mas também
não é assim, digamos, “aquela coisa toda” a ponto de poder sair por aí cantarolando aos quatroventos ter sido o feliz autor da maior crônica jamais escrita nesse brasilzão de meu Deus. Todavia, o
pior é que é verdade. Senão pelo reduzido número de linhas, tampouco pela quantidade de assunto
significativo e interessante para qualquer pessoa (contanto que não seja um completo desocupado!),
o fato é que essa pequena página contém o maior número de jogadores já concentrado no
pequeníssimo espaço do campo do SEST/SENAT.
Tudo começou como sempre, com os atrasos habituais: não tinha bola, não tinha goleiro, o
churrasqueiro não veio. Até aí tudo bem. Uma sexta-feira de futeba como tantas outras – exceto pela
presença estrondosa da bela torcida feminina que se fez presente em número incalculável (uma meia
dúzia). De alguma coisa elas sabiam, quem acreditaria que tinham ido só pra ver a gente jogar?
Começa a partida, jogo morno, erros de sempre, um gol aqui, um frango ali. Tudo normal.
De inusitado a comemoração do gol de cavadinha do artilheiro Fabinho, que fez uma ala da torcida
representada pela Rosane quase rasgar as vestes numa comemoração apaixonadamente convulsiva.
Em tempo: para sermos didáticos, dado que as aulas voltarão em breve e, ao mesmo tempo,
por que precisamos expandir o já expressivo número de leitores desse semanário esportivo,
explicamos, para aqueles que não sabem o significado do termo, que uma “cavadinha” consiste
meramente em colocar o pé sob a bola elevando-a carinhosamente de modo a encobrir o adversário,
de preferência um incauto goleiro pois, nesse caso, a redonda deverá inexoravelmente balançar as
redes, o que se registra carinhosamente sob a alcunha de gol ou “tento”. Uma variação etimológica
dessa nomenclatura apelida a cavadinha de “colherzinha”. Especificamente no caso da jogada de
que vínhamos falando, ocorrida na partida sobre a qual ora discorremos, a cavadinha ocorreu fora
da área, tornando-se, portanto, uma cavadona, ou “colherona”. Dá pra perceber que foi um lindo
lance. Não obstante, se porventura o amigo leitor não compreendeu do que estamos falando, restanos perguntar se, já que não entende nada de futebol, por que cargas d´agua perde seu tempo lendo
essa linhas ou, pior ainda, tentando compreendê-las.
Dito isso, ou melhor, isso tendo acontecido, chegaram mais dois atletas, surgidos, conta a
lenda, das entranhas da terra de um lugar distante, cujos confins nem imaginávamos onde seriam.
Vimos a saber, mais tarde, tratar-se do gracioso município da louça, Campo Largo. Largo e
profundo, pelo jeito, já que instantes depois apareceram mais 3 atletas oriundos desse mesmo
recanto obscuro. De repente a quadra estava cheia. Jogadores revezavam-se, goleiros eram trocados.
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