QUESTÕES DE GÊNERO NA ESCOLA
A violência é o reflexo social
que se manifesta em diferentes regiões e localidades, independente do nível
socioeconômico ou cultural dos indivíduos. Dentre os locais onde se manifesta a
violência, a escola aparece com um ambiente de violência mascarada/oculta que
vem se tornando um problema social, pois após inúmeros episódios de bullying apresentados pela mídia,
pode-se considerá-la um dos principais espaços reprodutores da violência
juvenil. Um exemplo dessa violência praticada através do bullying é o caso
de um garoto de 10 anos que foi agredido em uma escola no sul do Piauí apenas
pelo fato de usar óculos. Contudo, deve-se salientar que a agressão física foi
o ápice da violência cometida contra o garoto, sendo que este já vinha sendo
agredido verbal e psicologicamente por meio de apelidos e da humilhação por
parte de outros estudantes. Apesar de a escola ter um papel social educativo e luma
atmosfera segura, regada de comportamentos como a disciplina, a amizade e a
cooperação, ela acaba por possibilitar o
contexto social externo gerando, através da violência, mais sentimentos como o
medo, a insegurança e o sofrimento entre os estudantes (Lopes, 2005).
Dentro do contexto escolar, há
um agravante para a prática do bullying
que é a relação entre gêneros. Bandeira (2009) trata da questão da expressão da
agressividade, que se apresenta de diferentes maneiras nas meninas e nos
meninos. Para a autora, os meninos participam de ataques físicos e situações de
ameaça verbal mais frequentemente do que as meninas, enquanto que estas
demonstram sua agressividade indiretamente, através de insultos verbais,
exclusão do grupo social e fofocas, por exemplo. Entretanto, a forma de
expressar a agressividade das meninas não descaracteriza a ação do bullying sendo que a diferença está na
forma de agressão e não na incidência desta.
José
Marcelino de Sousa
Professor
de história
Jms/JMS
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICA: Woolfolk
(2000), em seu livro Psicologia da Educação