SAUDADES DO OPA
Quanta saudade do Movimento OPA. Do qual pertenci com muita luta e determinação. Não havia esses "encontros nababescos". Aliás, combatíamos. Para quem não sabe o OPA foi o início de tudo. Arrancamos a Associação dos Professores, que estava atrelado ao governo. Transformamos em APP-Sindicato. Filiamos-nos a CUT. Fundimos-nos com o Sindicato dos Funcionários. Tudo isso com muita luta. Luta mesmo. Todos eram tratados com igualdade. Mesmo com as pequenas lutas ideológicas com a Convergência, hoje PSTU. Mas, tínhamos a certeza de que estávamos defendendo a Democracia. Democracia que defendia todas as minorias. Elas sempre estiveram representadas em todos os momentos e situações da APP-Sindicato. Hoje! Ah! Hoje. Há algumas pessoas na direção que sabem do OPA. Que viveram esse OPA. E eu era do BOI (Bloco de Oposição Independente). Românticos! Queríamos mais democracia. Sentíamos-nos reprimidos. Imaginem. Comparados a hoje. No momento passado a que me referi, estávamos saindo da ditadura. Meus Amigos da militância, pós-opa. Não existe democracia, enquanto sucumbirmos a manobras e estratégias vis. Pertencemos a uma mesma categoria. Lutamos muito para nos unirmos. E agora, vejo certas atitudes, que apontam para uma segregação de minorias. Rotuladas rapidamente como oposição e pronto. A matemática é simples. O OPA era só um Sindicato para todos os Núcleos. Agora já são 12 Núcleos de oposição ao Sindicato. É isso? Ou estou errado? A quem interessa esse estado de coisas? Como isso aconteceu? E por que, que isso aconteceu? O Único adversário que devemos ter é o play boy do Iguaçu. E nos opormos a qualquer forma de injustiça. Acabamos de participar de um baita confronto contra o governo e agora de uma hora para outra já me transformaram em inimigo do Sindicato Ah! Parem com isso. Precisamos de uma unidade. Unidade respeitosa. Mas, se não for possível. Então, não aprendemos nada. Sou do tempo em que fazíamos "vaquinha" para viajar Paraná a fora pelo Sindicato. Tenho contato com alguns companheiros que viveram o mesmo que vivi. E, estão vivendo agora. O mesmo que estou vivendo. Penso que merecemos mais respeito.
José Marcelino de Sousa
Professor de História
Jms/JMS
MEMÓRIAS
Nenhum comentário:
Postar um comentário