BRASIL DE 1964
O Governo dos
Estados Unidos tornou públicos, em 31 de março de 2004, documentos da política
dos Estados Unidos e das operações da CIA que, ao ajudar os militares
brasileiros, conduziram à deposição do Presidente João Goulart, no dia 1º de
abril de 1964.
O governo americano e os militares
brasileiros viam em João Goulart alguém perigoso porque, além de simpatizar com
o regime do Governo Fideu Castro de Cuba.
Ou seja, o Brasil mantinha uma política exterior independente
de Washington. O Governo de João Goulart,
tinha nacionalizado uma subsidiaria da ITT (empresa norte-americana).
Além disso, Goulart tinha nacionalizado, no início de 1964, o petróleo, bem
como a terra ociosa nas mãos de grandes latifundiários, e aprovado uma lei que
limitava a quantidade de benefícios que as multinacionais poderiam retirar do
país.
Outro motivo foi o Brasil ser o maior
exportador de suco de Laranja do mundo, fato que punha em risco a indústria
norte-americana deste setor, situada no estado da Flórida.
Em 1964, o comício organizado por
Leonel Brizola e João Goulart, na Central do Brasil, no Rio de Janeiro, serviu
como estopim para o golpe. Neste comício eram anunciadas as reformas que
mudariam o Brasil, tais como um plebiscito pela convocação de uma nova
constituinte, reforma agrária e a nacionalização de refinarias estrangeiras.
Foi neste cenário que, depois de um encontro
com trabalhadores, em 1964, João Goulart (eleito à época, democraticamente,
pelo Partido Trabalhista Brasileiro - PTB) foi deposto e teve de fugir para o
Rio Grande do Sul e, em seguida, para o Uruguai. Desta maneira, o Chefe Maior
do Exército, o General Humberto Castelo Branco, tornou-se presidente do Brasil.
As principais
cidades brasileiras foram tomadas por soldados armados, tanques, jipes, etc.
Os militares
incendiaram a Sede, situada no Rio de Janeiro, da União Nacional dos Estudantes
(UNE).
As
associações que apoiavam João Goulart foram tomadas pelos soldados, dentre elas
podemos citar: sedes de partidos políticos e sindicatos de diversas categorias.
O golpe
militar de 1964 foi amplamente apoiado à época e um pouco antes por jornais
como O Globo, Jornal do Brasil e Diário de notícias. Um dos motivos que
conduziram ao golpe foi uma campanha, organizada pelos meios de comunicação,
para convencer as pessoas de que Jango levaria o Brasil a um tipo de governo
semelhante ao adotado por países como China e Cuba, ou seja, comunista, algo
inadmissível naquele tempo, quando se dizia que o que era bom para os Estados
Unidos era bom para o Brasil.
Em 1965, as Liberdades
Civis foram reduzidas, o poder do governo aumentou e foi concedida ao
Congresso a tarefa de designar o presidente e o vice-presidente da república.
Apoio
Bibliográfico: InfoEscola - José
Marcelino – Professor de História – jms/JMS
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