COLÉGIO ESTADUAL PROTÁSIO DE CARVALHO
CURITIBA
Em 29 de março de 1693, o capitão-povoador Matheus Martins Leme, ao coroar os "apelos de paz, quietação e bem comum do povo", promoveu a primeira eleição para a Câmara de Vereadores e a instalação da Vila, como exigiam as Ordenações Portuguesas. Foi criada a Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, depois Curitiba. NASCE A VILINHA
Muitos dos aventureiros portugueses chegam ao Paraná, via Paranaguá. Na procura pelo ouro, acabam subindo a serra e atingem São José dos Pinhais e por consequência Curitiba. Erram os chamados “faiscadores”. Eram as pessoas que procuravam as riquezas do ouro aqui nas terras do Paraná.
A fundação de Curitiba é algo envolto em polêmica, já que em 1648, Ébano Pereira ao chegar ao planalto, deu de cara com um núcleo denominado Vilinha (onde hoje fica o Bairro Alto) e em 1668 Gabriel de Lara encontrou 17 famílias radicadas entre o bairro Alto e o Atuba, inclusive a de Baltazar Carrasco dos Reis. Essa data foi proposta por Romário Martins (na época vereador e historiador) e consolidada por decreto assinado pelo então prefeito Luiz Xavier em 28/03/1906. Assim como a data da fundação, as histórias que se conta a respeito dessa e dos primeiros colonizadores também são imprecisas, como a lenda do Cacique Tindiqüera.
A LENDA
Diz a lenda que os pioneiros mantinham numa capela improvisada na Vilinha, uma imagem da Nossa Senhora da Luz, que independentemente da posição que ela era colocada, no dia seguinte ela estava voltada para a direção de onde hoje fica o centro da cidade. Entendendo a insistência da santa como um sinal de que ela tinha cansado da vizinhança e queria mudar de endereço, os moradores da Vilinha perguntaram ao Cacique Tindiqüera, Onde teria uma lugar ideal para fazer uma capelinha para a Santa. Tindiguera pegou uma lança e se de digiram para uma região, que poderíamos dizer, hoje... Sair das imediações do Bairro Alto e se dirigir a Praça Tiradentes (ao que ele indicou pegar o Hugo Lange ou o ligeirinho Bairro Alto - Santa Felicidade). Acompanhando os pioneiros até o local, chegaram onde hoje é a Praça Tiradentes e lá o Cacique Tindiqüera fincando a lança no chão disse: “Aqui Coré-Etuba”, que quer dizer na língua Tupi, terra de muito pinhão (da qual, também diz a lenda, nasceu uma frondosa árvore). Fundada assim a Vila de Nossa Senhora da Luz e Bom Jesus dos Pinhais.
ORIGEM DO NOME
A mudança do nome da vila e da rotina do povoado veio em 1721, com a visita do ouvidor Raphael Pires Pardinho, hoje nome de praça na cidade. Ele foi, provavelmente, a primeira autoridade a se preocupar com o meio ambiente da cidade, iniciando uma tradição pela qual Curitiba hoje é reconhecida internacionalmente.
Já naquela época, o ouvidor determinou aos habitantes que tivessem determinados cuidados com a natureza. O corte de árvores, por exemplo, só poderia ser feito em áreas delimitadas. E os moradores ficavam obrigados a limpar o Ribeiro (hoje Rio Belém), a fim de evitar o banhado em frente à igreja matriz. O ouvidor Pardinho estabeleceu também que as casas não poderiam ser construídas sem autorização da Câmara e deveriam ser cobertas com telhas. As ruas já iniciadas teriam de ser continuadas, para que a vila crescesse com uniformidade.
Esquecida pelos governantes da Capitania de São Paulo, Curitiba passou por um período de extrema pobreza. A prosperidade só viria a partir de 1812, com o tropeirismo. Ponto estratégico do caminho do Viamão a São Paulo e às Minas Gerais, o povoado viu crescer o comércio com a passagem dos tropeiros.
O aluguel de fazendas para as invernadas transferia os habitantes do campo para o povoado. Surgiram lojas, armazéns e escritórios de negócios ligados ao transporte de gado. Junto com o desenvolvimento, em 1853 foi conquistada a emancipação do Paraná. Curitiba se tornou capital, dona de seu destino.
AS MUDANÇAS E A MODERNIDADE EM CURITIBA
No final do século XIX, com o ciclo da erva-mate e da madeira em expansão, dois acontecimentos foram bem marcantes: a chegada em massa de imigrantes europeus e a construção da Estrada de Ferro Paranaguá-Curitiba, ligando o Litoral ao Primeiro Planalto paranaense.
Os imigrantes - europeus e de outros continentes -, ao longo do século XX, deram nova conotação ao cotidiano de Curitiba. Seus modos de ser e de fazer se incorporaram de tais maneiras à cidade que hoje são bem curitibanas festas cívicas e religiosas de diversas etnias, dança, música, culinária, expressões e a memória dos antepassados. Esta é representada nos diversos memoriais da imigração, em espaços públicos como parques e bosques municipais.
A "mítica imigrante do trabalho" (observação do poeta Paulo Leminski, falecido no século passado) aliada a gestões municipais sem quebra de continuidade, acabou criando uma Curitiba planejada - e premiada internacionalmente, em gestão urbana, meio ambiente e transporte coletivo.
DADOS DA CIDADE DE CURITIBA
Altitude: 945 m
Área: 434,967 km²
Área verde por habitante:51 m²
Bairros: 75
Clima: Subtropical
Extensão Norte-Sul: 35 Km
Extensão Leste-Oeste: 20 Km
Fuso Horário: Brasília (UTC-3)
Gentílico: curitibano
Latitude: 25º25'48'' Sul
Longitude: 49º16'15'' Oeste
Pluviosidade: 1500 mm/ano
População: 1.851.215 habitantes (IBGE/2009)
Relevo: Levemente ondulado
Temperatura média no verão: 21 ºC
Temperatura média no inverno: 13 ºC
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José Marcelino de Sousa
Professor de História
Texto simplificado
ObservaçãoEste texto deve ser procedido de uma explanação geral sobre o assunto
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